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Palestra destaca solvência dos planos do Serpros e proatividade na governança de investimentos

Palestra destaca solvência dos planos do Serpros e proatividade na governança de investimentos

06/10/2016
O interventor do Serpros, Walter de Carvalho Parente, e as respectivas gerentes de Atuária e de Governança de Investimentos, Tatiana Cardoso e Anna Cláudia Gonçalves, realizaram uma palestra no auditório do Serpro Brasília (sede), no dia 27 de setembro, para apresentar o panorama da Entidade, esclarecer dúvidas e ampliar o debate com participantes.
A diretora-presidente do Serpro, Glória Guimarães, e o diretor de administração, Fernando Garrido, que também é o responsável pela supervisão do Serpros, abriram o evento, seguidos do interventor, Walter Parente, que explicou o motivo da nova intervenção e apresentou a situação e as perspectivas da Entidade, do ponto de vista da governança, dos investimentos e dos planos administrados.
O interventor apontou que, mesmo com o fim da primeira intervenção, em maio deste ano, uma equipe de fiscalização designada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), acompanhou o Serpros, como forma de monitorar in loco a nova gestão. No período compreendido entre o final do primeiro processo de intervenção e o atual, essa equipe detectou descumprimento do Estatuto da Entidade e de determinações da própria Previc, além do início de movimentações financeiras que poderiam trazer prejuízos ao Serpros e, por consequência, aos participantes.
Raio X dos planos PS-I e PS-II
Conforme apontado pela gerente atuarial, Tatiana Cardoso, durante sua apresentação técnica sobre o PS-I e o PS-II, a Entidade tem robustez suficiente para manter o Serpros saudável e perene, honrando os compromissos com os participantes. “Apesar dos alertas e provisionamentos para perda, os planos estão solventes e não há preocupação quanto às suas obrigações”, afirmou.
O Plano Serpro I, saldado desde 2013 e fechado para adesões, tem cerca de 3.500 pessoas assistidas, sendo 70% recebendo aposentadoria programada, e 2.600 participantes ativos (saldados). Destes, 80% aderiram ao PS-II e 75% são elegíveis à aposentadoria. Embora deficitário em R$ 143,73 milhões, o PS-I está dentro da zona de equilíbrio técnico, de acordo com a Resolução CNPC 22/2015. Ou seja, não há necessidade de aumentos de contribuição.
Segundo Tatiana, é possível reverter a situação do PS-I: “Pela citada resolução, temos a possibilidade de trabalhar a meta atuarial dentro de um túnel (que são os limites superiores e inferiores da taxa de juros previstos na Resolução CGPC 15/0214). Pode ser que o déficit seja reduzido ou eliminado, a depender da carteira de ativos, que agora está mais direcionada a títulos públicos”.
O Plano Serpro II, como apontou a gerente atuarial, está favorável à reversão do benefício de renda para os participantes que estão se aposentando. O plano está em fase de arrecadação, com aproximadamente 8 mil participantes ativos e 500 assistidos. “Para os participantes que se aposentaram ou irão se aposentar neste ano, o benefício de aposentadoria programada está, em média, 15% superior em relação ao ano passado”, ressaltou.
A gestora apontou ainda, para o PS-II, a possibilidade de aumento da meta atuarial dos benefícios a serem concedidos para o exercício de 2017, também a depender da carteira de ativos, como ocorre no PS-I.
Governança de Investimentos mais ativa
Conforme apontou a gerente de Governança de Investimentos, Anna Cláudia Gonçalves, ao apresentar a composição da carteira de investimentos do Serpros, a maior parte dos ativos estão alocados em renda fixa. Destes, 67,23% estão alocados em títulos públicos, de baixo risco. Ainda de acordo com a gestora, os demais 30,43% dos ativos estão aplicados em títulos privados, sendo que apenas 12,62% estão regulares, 8,37% estão provisionados e 9,44% estão em fase de alerta, ou seja, em análise quanto à possibilidade de provisionamento. A gestora esclareceu ainda que além dos prejuízos causados pelos provisionamentos, ocorreram perdas financeiras advindas da desvalorização das cotas de investimentos de determinados papéis.
Anna Cláudia explicou que a atuação do Serpros, enquanto fundo de pensão, deve se manter conservadora, a partir do conhecimento pleno de cada ativo e da análise prévia de riscos e garantias antes de efetuar os aportes. “Precisamos manter a característica conservadora. Não podemos aportar recursos em determinados papéis sem termos a segurança de receber”, disse.
Em relação às provisões para perda, a gestora afirmou que os ativos provisionados têm garantias constituídas a serem recuperadas e estão em fase de execução judicial ou em renegociação. Nesse sentido, o Serpros realizou um trabalho de mapeamento e análise dessas garantias e obteve suporte de escritórios especializados para a recuperação.
Como legado da intervenção para o Serpros, a atual Governança de Investimentos está atuando de forma mais ativa, analisando criteriosamente os investimentos, identificando as falhas anteriores e prevenindo a Entidade de possíveis perdas ou riscos.
Após as apresentações, os participantes que assistiam à palestra fizeram perguntas, que foram logo esclarecidas pela equipe do Serpros. Ao final, Fernando Garrido, em nome da Diretoria do Serpro, agradeceu a presença de todos, reforçou o apoio ao Serpros e ressaltou que a Patrocinadora está tratando da Entidade com prioridade, para a segurança de todos os empregados e participantes.
Compromisso com a transparência
A apresentação técnica, transmitida por videoconferência e videostraming para todos os participantes e assistidos, demonstrou o compromisso da atual gestão da Previc na Entidade em prestar todos os esclarecimentos da real situação do Serpros e a verdade dos fatos.
 
Acesse aqui a apresentação técnica na íntegra.

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