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Carta do Gestor de Investimento – outubro/2019

Carta do Gestor de Investimento – outubro/2019

Em outubro, a propensão a risco ditou o ritmo dos mercados financeiros e, neste sentido, cabe destacar que alguns indicadores, como Ibovespa e S&P 500, alcançaram novas máximas históricas. Inequivocamente, esse resultado está atrelado às mudanças nas condições monetárias globais, que ao longo do ano frustraram as expectativas de continuidade dos processos de normalização das políticas monetárias.

 

Ademais, outros temas geopolíticos também contribuíram positivamente para o incremento do apetite a risco dos investidores. Em especial, a perspectiva de um Brexit sem acordo tornou-se improvável e, ao mesmo tempo, houve sinalizações positivas para um acordo parcial entre EUA e China em suas disputas comerciais.

 

Nem mesmo a eleição de Alberto Fernandez, na Argentina, que traz de volta a ameaça do populismo à América Latina foi suficiente para impedir a valorização do preço dos ativos de risco.

 

No âmbito doméstico, em outubro foi concluída a Reforma da Previdência que era condição necessária, mas não suficiente, para a retomada do crescimento econômico. Com isso o governo pôde avançar em outras Agendas de liberalização da Economia.

 

Também cabe destacar que, apesar do ritmo da atividade econômica estar lento, já há indicadores mostrando alguma melhora, de forma consistente, o que corrobora a interpretação de que estamos experimentando os estágios iniciais de um ciclo econômico, em oposição à grande parte das economias desenvolvidas, que estão em claro processo de desaquecimento.

 

Em relação à inflação, o cenário ainda é bastante construtivo. O Banco Central conseguiu manejar a política monetária de modo a trazer a inflação, que chegava a dois dígitos, de volta para níveis mais razoáveis ao longo dos últimos anos e, consequentemente, conquistou credibilidade.

 

Assim, diante de uma economia com ociosidade de recursos e inflação bem-comportada, o Banco Central seguiu cortando os juros e, mais importante, a estrutura a termo da taxa de juros continuou fechando, o que significa que os investidores entendem que os juros podem permanecer baixos.

 

Por fim, diante deste cenário, a estratégia de redefinir a alocação de risco dos ativos investidos segue pertinente e, como sempre, observa as condições de mercado que definirão o ritmo adequado para que se façam os ajustes necessários visando à melhor performance.

 

26/11/2019

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