A área de investimentos do Serpros mantém a continuidade dos trabalhos cuidando dos seus investimentos mesmo em tempos de crise e segue inabalável na confiança de que em “toda crise existem oportunidades, só nos cabe encontrá-las”, como afirma o Diretor de Investimentos, Sérgio Vieira.
Sérgio destaca que o Serpros utiliza as melhores práticas com relação à segurança nos investimentos, além de cumprir a legislação vigente e a Política de Investimentos, aprovada pelo Conselho Deliberativo.
A diversificação da gestão dos ativos mobiliários é a principal forma de mitigar os riscos envolvidos em investimentos no mercado. Como o nosso objetivo é investir a longo prazo, as oscilações do mercado que afetam significativamente o retorno no curto prazo trazem novas oportunidades de investimentos, afirma Sérgio.
Com a responsabilidade de maximizar retornos e visando a segurança e a proteção do dinheiro do participante, o Serpros seleciona gestores externos de investimentos, observando um rigoroso controle de riscos, por meio da seleção de parceiros com comprovada idoneidade e sólida expertise.
O Processo de Seleção de Gestores Externos é realizado com base em regras claras e transparentes, definidas no Manual de Seleção de Prestadores de Serviços , publicado no Site Institucional do Serpros.
Essa prática recentemente foi elogiada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), em reunião virtual realizada com os Diretores do Serpros.
Para a execução desse processo de contratação, que requer permanente análise e acompanhamento do mercado, a equipe lança mão de toda a tecnologia disponível. Todas as fases são registradas e documentadas em sistemas próprios; também são realizadas diligências presenciais junto aos gestores para confirmar as informações previamente coletadas.
Mesmo nesse momento de crise pela qual o mundo está passando, a equipe seguiu cumprindo os requisitos indispensáveis para uma correta e segura contratação de gestores – e de forma totalmente virtual. Atualmente o time de investimentos realiza prospecção de novos gestores por meio de videoconferência, utilizando o serviço de teleconferência Teams, disponibilizado pela área de tecnologia do Serpros.
Graças a essa tecnologia, à certificação digital de todos os dirigentes e gestores, bem como ao Plano de Continuidade de Negócios (PCN) da Entidade, a equipe de investimentos conseguiu manter o nível de segurança obtido nos demais processos presenciais.
Visando sempre a boa governança, segurança e transparência, são envolvidas diversas equipes no Processo de Seleção de Gestores Externos (gestores de multimercados e renda variável).
A seleção dos gestores, sob responsabilidade dos analistas da diretoria de investimento, tem como objetivo prospectar o mercado, os produtos e os possíveis gestores de investimentos aptos a prestar serviços ao Serpros, elaborando os cenários de investimentos e desinvestimentos.
De acordo com o Gerente de Investimentos, Marcelo Castello Branco, a única resposta possível sobre o que fazer na gestão dos ativos garantidores dos Planos de Benefícios é o monitoramento contínuo dos mercados.
A Pré-qualificação é uma etapa eliminatória do processo de seleção, na qual são realizadas ações de prospecção do mercado para identificação dos gestores habilitados a participar do processo de seleção, analisadas quanto aos aspectos quantitativos e qualitativos.
Na fase de avaliação quantitativa, são analisadas as estatísticas construídas a partir da taxa de retorno diária da cota de cada fundo de investimento, que podem considerar períodos de 12, 24 e 36 meses, entre outros. Também são utilizadas diversas outras métricas, como as medidas de perda máxima (drawdown).
Para essa prospecção é utilizado o sistema Quantum, por meio do qual são avaliados, como benchmarking, os registros da CVM, como explica Mylene Konichi, analista da equipe.
Na fase de avaliação qualitativa é realizada a análise do enquadramento da carteira frente a Política de Investimento. Nessa fase é enviado questionário de due diligence, que permite avaliar os aspectos relacionados à estrutura da equipe, à estrutura administrativa e operacional e ao processo de investimento na gestão dos fundos.
Em continuidade à fase qualitativa, os gestores são avaliados quanto a sua idoneidade, estando inaptos a participar da seleção os que tenham sido penalizados pelo Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Previc ou Superintendência de Seguros Privados (Susep) por situações relativas à falta de conduta ética, os que tenham sido alvo de investigações ou citações ou ainda os que tragam risco de imagem para o Serpros.
Conforme explica a Gerente de Governança de Investimento, Anna Cláudia, visando detalhar e confirmar os documentos e as informações disponibilizadas, são realizadas visitas às instalações dos gestores e reuniões com as equipes técnicas. Devido a situação atual do Mundo, as diligências presenciais estão sendo realizadas através do Teams e são discutidos os processos de governança da gestora, as competências de seus comitês, mandato de risco, estrutura técnica no controle das operações, detalhamento dos manuais/políticas e avaliação do turnover (rotatividade) da equipe técnica responsável pelo ativo. Essas visitas foram realizadas virtualmente com muito sucesso no último processo de seleção, envolvendo os gestores das equipes do Serpros e dos gestores em reuniões via Teams, devidamente registradas e gravadas.
O gestor João Galvão, gerente responsável pela avaliação e análise do risco, informa que essa atividade contempla o monitoramento de riscos e a definição de limites operacionais, sendo avaliadas especialmente as atribuições, as responsabilidades e a independência dos órgãos responsáveis pelo acompanhamento da conformidade legal e encaminha para apreciação do Comitê de Risco (COR), criado em 2019 com objetivo de mitigar e avaliar os riscos envolvidos.
Essas análises são fundamentais e complementares, segundo a gerente de Governança de Investimento, Anna Cláudia Gonçalves, que ressalta a sua importância para uma maior segurança em relação aos gestores e ativos prospectados, visando subsidiar o processo decisório.
O Processo de Avaliação contempla o monitoramento diário dos gestores, por meio das cotas dos fundos, e monitoramento mensal, utilizando conferências telefônicas. Adicionalmente, são realizadas reuniões trimestrais para avaliação de desempenho e avaliações semestrais do administrador, diligências anuais para acompanhar a continuidade da gestora em relação à estrutura física e tecnológica, além do monitoramento da equipe dedicada no ativo.
O Diretor Sérgio complementa que “essas avaliações permitem o uso da racionalidade aliada à inteligência para a definição do portfólio da carteira de investimentos”. A diversificação da “aposta”, defende ele, permite mitigar riscos e promover assimetria na alocação de recursos garantidores e, com isso, criar defesa nos momentos de altas volatidades.
Finalmente, depois dessas análises, a documentação do processo é submetida ao Comitê de Aplicação (CAP) que é responsável por elaborar a recomendação sobre os gestores e submeter à Diretoria Executiva, que decide quanto à aprovação ou não do aporte recomendado.
15/4/2020
